A Avante, tendência interna do Partido dos Trabalhadores, foi fundada em outubro de 2015 em uma conjuntura na qual o golpismo já estava em marcha no Brasil. De lá para cá vivemos uma brutal ofensiva da classe dominante e dos setores da direita reacionária e protofascista, culminando com a eleição de Bolsonaro.
A Avante nasce comprometida com a construção do PT e sua afirmação estratégica, com a luta anticapitalista, anti-imperialista e socialista. Afirmando as lutas pelas igualdades de gênero, racial, e pelos direitos da população LGBT, contra todas as formas de discriminação. Como símbolo desse comprometimento, a Avante, quando de sua fundação, foi registrada junto à direção nacional do Partido com flexão de gênero feminina. Por isso somos A Avante.
Defendemos um Partido vinculado às lutas do nosso povo, que combine a ampla participação com a construção militante. Que os filiados e filiadas, na medida da disposição de cada um, sejam também militantes, no partido e nos movimentos sociais. Utilizando um velho jargão da esquerda, queremos que o Partido seja de massas e de vanguarda ao mesmo tempo. Onde a base partidária não apenas eleja suas direções, mas incida efetivamente nos rumos do Partido. Por isso também, como consta no nosso manifesto de fundação, somos contrários ao PED como ele é previsto no atual estatuto partidário, pois desde sua primeira edição em 2001 tem aprofundado métodos não desejáveis de construção partidária, para dizer o mínimo.
Queremos que o Partido corresponda as esperanças e sonhos de milhões de brasileiros e brasileiras que ainda enxergam no PT a possibilidade de construção de uma sociedade mais justa.
Vivemos o momento político nacional mais grave dos nossos 39 anos de existência. O avanço da extrema direita no mundo, junto a ofensiva neoliberal, a eleição de Bolsonaro e o avanço da hegemonia ultra-conservadora no Brasil, estabelecem grandes desafios para o PT e para a esquerda.
Se faz necessário uma atualização da estratégia do campo popular, pois, para além da prioridade de nossas lutas imediatas, (como a luta pela libertação de Lula e a resistência às políticas de retrocesso e retirada de direitos) é necessário retomar a ofensiva, buscando criar as condições para isso. A Avante entende que o 7° Congresso Nacional do PT, já convocado pelo Diretório Nacional para novembro deste ano, é a oportunidade para aprofundar este debate estratégico.
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